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Todos querem o Boi Verde
  01/11/2004



Gado criado no pasto: custo baixo e sinônimo de segurança alimentar

Seguindo a trilha da agricultura, a pecuária brasileira deu um grande salto de qualidade na última década e está conquistando cada vez mais mercados. É dos pastos brasileiros que sai boa parte da carne bovina consumida em diversos países na Europa, no Oriente Médio, na África e na América Latina. No ano passado, o Brasil - que tem o maior rebanho bovino comercial do mundo, com quase um boi por habitante - assumiu a liderança do mercado mundial do setor, passando à frente da Austrália e dos Estados Unidos. Nos últimos cinco anos, o faturamento com vendas externas do produto quase triplicou. Deve chegar a 2,3 bilhões de dólares em 2004.

Esse resultado torna-se mais expressivo quando se leva em conta que, devido a barreiras sanitárias, a carne in natura brasileira não tem acesso a alguns dos maiores mercados do planeta, como o Japão, a Coréia do Sul e os países do Nafta (Estados Unidos, Canadá e México). Apesar de 80% do rebanho bovino nacional estar concentrado em áreas livres da febre aftosa, o governo americano só autoriza a compra de carne industrializada (cozida e enlatada) e, com isso, influencia a posição dos demais países que seguem suas diretrizes comerciais. Recentes focos da doença, registrados no Pará e no Amazonas, ajudaram a chamar atenção para a necessidade de cuidados nessa área, sob pena de que se percam outros mercados importantes.


 Os empresários Jonas Barcellos e João Carlos Di Genio, com a supervaca Olímpica da Mata Velha: 3,2 milhões de reais 


Os pecuaristas brasileiros são prejudicados também pelo protecionismo dos países ricos. Cada vaca européia, por exemplo, recebe dos cofres públicos uma média de 3 dólares de subsídios por dia. Os entraves protecionistas e as barreiras sanitárias, entretanto, não têm sido suficientes para frear o estouro da boiada brasileira rumo a diversos cantos do planeta. Uma das explicações é o fato de o boi nacional - chamado de "boi verde" por ser criado no pasto - ter um custo de produção muito menor que o do confinado, cuja alimentação é feita apenas à base de ração.

A carne brasileira virou também sinônimo de segurança alimentar após a eclosão, em 1999, do mal da vaca louca, cuja causa é atribuída a proteínas animais contidas nas rações utilizadas por fazendeiros europeus. Desde então, o mundo está de olho no bife brasileiro. Há quatro anos, a exportação era restrita a apenas quarenta mercados. Atualmente, ultrapassa uma centena. "Do curral até o navio, passando pelo frigorífico, a carne brasileira é a mais saudável e competitiva do mundo", garante Victor Nehmi, da FNP Consultoria.

O bom desempenho da pecuária é fruto da domesticação do zebu, o gado rústico que começou a ser importado da Índia por pioneiros de Minas Gerais a partir do final do século XIX. Hoje, 80% do rebanho nacional tem sangue de raças zebuínas, com destaque para a nelore, que é mais resistente a adversidades do clima tropical, como doenças e parasitas. Grande parte dos bois e vacas passou também por melhoramentos genéticos, feitos de forma mais intensiva por meio de uma técnica chamada cruzamento industrial. Por esse método, raças zebuínas são mescladas com européias, que ganham peso em menos tempo e têm a carne mais macia. "A competitividade e a qualidade da carne brasileira estão diretamente ligadas a essa equação, que é única no mundo", afirma Marcus Vinícius Pratini de Moraes, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne.

 
Linha de produção de frigorífico no interior de São Paulo: qualidade para exportação
Fonte: Agronegócio & Exportação Veja Ed. Especial




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