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O Ouro Branco Cobre o Cerrado
  01/11/2004


O ouro branco cobre o cerrado

Com tecnologia, investimento em pesquisas
e organização, produtores promovem o
renascimento do cultivo de algodão


Por Fernanda Guirra, de Goiânia


Lavoura de algodão em Mato Grosso: a mecanização permite cultura em larga escala


Depois de ser praticamente dizimada por pragas em meados da década de 90, a cultura do algodão voltou a ser uma das principais estrelas do campo brasileiro e está seguindo a trilha de sucesso da soja. O produto foi o que registrou maior crescimento de área plantada na última safra. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento, as lavouras da fibra já ocupam 1 milhão de hectares, de onde será colhido neste ano 1,2 milhão de toneladas - 43% mais que em 2003. Pelo menos um terço terá como destino o mercado externo.

O volume de exportações será 150% maior do que no ano passado e 1 500 vezes superior ao de 1997, quando o setor viveu o auge da crise e o Brasil transformou-se no terceiro importador mundial da fibra. Agora o país figura entre os cinco maiores exportadores e caminha celeremente rumo à liderança do mercado mundial. Os fardos enviados a outros países em 2004 devem gerar uma receita de 528 milhões de dólares. "Depois de muitas tempestades, conseguimos dar a volta por cima", comemora Jorge Maeda, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão.

Durante várias décadas, o algodão foi um dos principais suportes da economia rural brasileira. Era então chamado de ouro branco. A partir do fim da década de 80, a produção caiu drasticamente, sobretudo por causa da propagação do bicudo-do-algodoeiro, o besouro que devastou grande parte das lavouras. A situação se agravou ainda mais com a abertura da economia ao mercado externo, a partir de 1990, que levou à redução das tarifas alfandegárias e criou facilidades para financiamentos de importação. Esses fatores, acrescidos da concorrência gerada pelos subsídios dos países ricos, foram os principais responsáveis pela perda de competitividade do setor.


 
O produtor paulista Kenjiro Mine: investimento em tecnologia de ponta 


Sem boa rentabilidade, os produtores não tinham como investir em técnicas modernas de produção nem na qualidade da fibra. "Nas lavouras de baixa produtividade, o controle de pragas tornou-se inviável economicamente", lembra o produtor Kenjiro Mine, cuja família tem uma usina de beneficiamento no interior paulista e plantou, na última safra, 2 700 hectares em Uberaba, no Triângulo Mineiro, e em Primavera do Leste, em Mato Grosso. Além de quarenta tratores e nove colheitadeiras, a Algodoeira Mine dispõe de seis pulverizadores de última geração, cujas aplicações de agroquímicos são controladas por radar.

A salvação da lavoura algodoeira começou a acontecer na segunda metade da década de 90, quando grandes produtores, como os Mine, resolveram introduzir a cultura nas regiões de cerrado, amparados pelo desenvolvimento de sementes mais resistentes a pragas e pelo uso intensivo de tecnologia. Desde então, o produto, que era plantado apenas em pequenas áreas e colhido manualmente, transformou-se em uma cultura de larga escala e altamente tecnicizada. A criação de cooperativas e fundações de pesquisa e os incentivos fiscais concedidos por alguns governos estaduais também contribuíram para a retomada da atividade.

O engenheiro agrônomo gaúcho Gilberto Goellner desembarcou em Rondonópolis, em Mato Grosso, em 1982 e, como a maioria de seus colegas de diáspora, investiu inicialmente na plantação de soja. Depois de alguns anos, sentiu a necessidade de implantar uma nova cultura para fazer a rotação da lavoura e, assim, dificultar o surgimento de pragas. Mesmo sabendo que o custo de produção de 1 hectare de algodão é de três a quatro vezes maior que o de soja, Goellner reso
Fonte: Agronegocio & Exportação Veja Ed. Especial




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