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Quando se Pesquisa Tudo Dá !!
  01/11/2004


Quando se pesquisa tudo dá!

Trabalho de cientistas da Embrapa deu viabilidade
ao agronegócio. Para manter as conquistas e dar
novos passos, é preciso investir muito mais iu


Por José Edward

 


 
Cientista faz análises em equipamento para bipartição de embriões na Embrapa Recursos genéticos e biotecnologia, em Brasília: pesquisa de ponta


Algumas das principais tecnologias que fizeram a redenção do campo e transformaram o Brasil numa potência do agronegócio foram gestadas nos laboratórios da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Fundada em 1973, a instituição é hoje reconhecida como o mais importante centro de referência em agricultura tropical do mundo. Para o cientista americano Norman Borlaug, considerado "o pai da revolução verde", o principal legado da Embrapa foi dar viabilidade à agricultura no cerrado - uma vasta área de 204 milhões de hectares, equivalente ao território do México e quase quatro vezes o da França.

Antes considerado infértil, o cerrado é hoje cenário da maior fronteira agrícola do planeta. Três décadas atrás, a extensa faixa que se estende por quinze Estados tinha pequenas lavouras de arroz e uma atrasada pecuária extensiva nas ralas pastagens. Hoje, abriga 40% do rebanho bovino nacional (que fornece grande parte da carne brasileira para exportação) e produz metade da safra nacional de grãos. Tem também lavouras de algodão, girassol, trigo e hortifrútis, entre outras. "A Embrapa foi protagonista de uma das maiores revoluções tecnológicas ocorridas no século XX", disse Borlaug a VEJA, durante visita ao país no início do ano.

 


Os pesquisadores Rodolfo Rumpf e Regina Vilarinho: exportando genética 


Para desbravar o cerrado, os cientistas brasileiros tiveram de fazer milhares de experimentos até chegar a uma fórmula para a correção do solo, que é originalmente muito ácido e arenoso. Além disso, desenvolveram novas técnicas de plantio e variedades de sementes específicas para cada tipo de microclima. Por meio de melhoramento genético, obtiveram grãos com maior teor protéico e plantas mais resistentes a pragas e doenças. Uma das conquistas mais importantes foi a tropicalização da soja, produto até então cultivado apenas em regiões de clima temperado e cuja demanda mundial cresceu em progressão geométrica nos últimos anos. "Além de aumentar a produtividade, conseguimos dar viabilidade à mecanização das lavouras e às plantações em larga escala", lembra o cientista e engenheiro agrônomo Plínio de Souza, veterano pesquisador da Embrapa Cerrados, localizada em Brasília.

O resultado dessas pesquisas é que, em duas décadas, o Brasil se transformou no segundo maior produtor mundial e no maior exportador de soja. Com 70% da produção vendida no exterior, o grão é o que mais divisas traz para o país - algo em torno de 24 bilhões de reais no último ano. No mercado interno, constitui a principal matéria-prima do óleo comestível, que substituiu a banha de porco na alimentação dos brasileiros, e da ração que sustenta plantéis cada vez maiores de frangos e suínos. Como fixa nitrogênio e deixa vários nutrientes no solo após a colheita, a soja abriu caminho também para outras culturas na nova fronteira agrícola. Foi seguindo essa trilha, por exemplo, que o algodão renasceu no país, depois de ter sido dizimado por pragas em meados da década de 1990 (veja matéria).

No campo da cotonicultura, a unidade da Embrapa sediada em Campina Grande, na Paraíba, desenvolveu uma inédita variedade cuja pluma nasce naturalmente colorida. Resistente à seca e menos poluente, por não necessitar de tingimento artificial, seu valor de mercado é pelo menos 30% superior ao da tradicional. A Embrapa está desenvolvendo também uma variedade de algodão transgênico que nascerá com uma enzima inseticida capaz de matar o bicudo, um pequeno besouro que devasta as lavouras. Atualmente, o controle da<
Fonte: Agronegocio & Exportação Veja Ed. Especial




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